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Como conseguir um recurso a fundo perdido?

Fundo Perdido

Como conseguir um recurso a fundo perdido? O primeiro passo é verificar se o seu projeto e sua empresa são elegíveis a este tipo de recurso. É importante relembrar de que a subvenção, como também é conhecida, é destinada apenas a projetos super inovadores.

O próximo passo é montar a papelada exigida. Aqui está a parte mais difícil do trabalho, pois para aprovar um recurso a fundo perdido é  necessário elaborar um material de qualidade.

Afinal, lembre-se de que é um financiamento não-reembolsável, ou seja, o Governo está literalmente dando dinheiro para a sua empresa. Ou seja, você precisa mostrar que a sua inovação vai impactar a realidade do País, seja por meio da criação de empregos, seja para solucionar um problema grave ou ainda por colocar o Brasil no mapa mundial da ciência e desenvolvimento.

Aqui nesse post, vamos conversar mais sobre:

  • O que é subvenção;
  • Se sua inovação é atrativa para o Governo;
  • Quais as instituições que oferecem fundo perdido;
  • Dicas de como conseguir o recurso.

Vamos lá?

Como conseguir um recurso a fundo perdido?

#1 O que é subvenção?

Como dissemos acima, o fundo perdido (subvenção)  é o nome dado a um financiamento não-reembolsável concedido pelo Governo. Em outras palavras, dinheiro dado que não precisa ser devolvido. Claro que não existe almoço grátis. A ideia é de que esse aporte seja destinado ao desenvolvimento de uma tecnologia que esteja nas fronteiras da inovação no mínimo, em nível nacional.

Trocando em miúdos, o interesse do Governo ao conceder um fundo perdido é fomentar o avanço tecnológico do país por meio da criação de novas tecnologias pelas empresas nacionais.  Existem algumas exceções para projetos sociais, culturais e ambientais e ainda outras linhas assistencialistas.

É importante saber que embora não haja a necessidade de devolução do dinheiro financiado, a chamada Lei de Inovação (lei 11.193/04) prevê que haja obrigatoriamente a necessidade de uma contrapartida da empresa para o recurso subvencionado.

Pode soar estranho, mas ás vezes, o fundo perdido não é a melhor opção para a sua empresa. Principalmente, porque é um processo demorado e cheio de detalhes. O que acha saber se sua empresa consegue recursos a fundo perdido antes de começar? Dê uma olhada nesse infográfico grátis!

#2 Inovação atrativa

Então, o Governo apenas possui interesse em empresas e projetos que envolvam avanços tecnológicos significativos este é o único destino de tais tipos de recurso. O destino do fundo perdido precisa ser um projeto que crie valor para a  sociedade por meio do desenvolvimento uma inovação tecnológica que trará retorno financeiro e/ou social para o País.

Em linha geral, programas de fundo perdido do Governo somente tem interesse em apoiar tecnologias que sejam inovação no mínimo em nível nacional. Se a sua tecnologia for inovadora em nível nacional ou mundial, este é um forte indício de que o seu projeto é elegível a este tipo de recurso.

Nosso especialista Lucas Aquino conta nesse vídeo o que é uma inovação. Pode esclarecer alguns conceitos, aproveite e assista.

A lógica do Governo é que para nos tornar uma nação sustentável economicamente, precisamos investir nas empresas inovadoras. Ou seja, nos empreendedores que realmente transformaram árduos anos de estudo na faculdade em um conhecimento. Com o que já existe, ou mesmo de modo inovador em relação ao estado-da-arte do setor.

Caso não tenha ficado claro ainda,  recomendamos a leitura do material “O que é inovação para o Governo”.  Nele, você consegue avaliar se a sua tecnologia/pesquisa está apta a ser financiada pelos recursos dos bancos públicos.

#3  Instituições que oferecem fundo perdido

Os recursos a fundo perdido são gerenciados pelas agências de fomento, como a FINEP, CNPq, FAPESP, entre outras. Essas instituições funcionam como agentes descentralizados para a distribuição dos recursos financeiros, uma estratégia do Governo para capilarizar a operação.

Alguns programas são resultados de parcerias entre elas, como é o caso do PIPE/PAPPE que oferece até R$ 1 milhão. Administrado pela FAPESP em associação com a FINEP, essa é uma das subvenções mais estruturadas e uma das únicas que vira e mexe soltam um edital. A maioria das informações, tanto sobre as agências quanto como submeter um projeto para análise estão disponíveis no site.

Porém, como quase todo processo burocrático, existem várias pegadinhas, dicas, meios que são ditos na entrelinhas. Nossa experiência de 10 anos submetendo projetos do PIPE para diversas empresas nos deram um bom feeling do que tacitamente é relevante na hora de preparar um projeto para ser submetido. Vamos compartilhar com vocês no próximo item.

Como conseguir um recurso a fundo perdido? Projeto

1) Comprove a qualificação da sua equipe 

Estamos partindo do princípio de que vocês fizeram a lição de casa e comprovaram que seu projeto é realmente inovador. Agora é hora de analisar friamente a sua equipe. Você ou sua empresa possui pessoas com experiência acadêmica comprovada no assunto que você vai pesquisar?

A FAPESP, por exemplo, é um orgão formados por acadêmicos, então titulações como doutorado ou mestrado para os membros da equipe são essenciais. Melhor ainda se eles tiverem publicações nos temas. Isto é quase uma condição sine qua non para o projeto. Se o pessoal da sua empresa tem bastante experiência mas não tem titulação, considere fazer parceria com um doutor ou professor universitário no tema para participar do projeto.

2) Faça um orçamento detalhado 

Na hora  de elaborar o orçamento, atenção os serviços destinado a terceiros. Em vias de regras, as instituições permitem que não podem ultrapassar 50% do valor do projeto. Além disso, não pode caracterizar uma transferência da pesquisa e sim, serem pontuais e técnicos.

Por exemplo, testes, análise laboratoriais, usinagem de equipamentos, etc, são serviços aceitos sem problema. Agora contratar como um serviço de terceiro um especialista em back-end para fazer o core do seu sistema não será bem visto. Contratar um bolsista neste caso seria mais indicado.

3) Atenção na hora de pedir as bolsas

Os programas de fundo perdido concedem bolsas com isenção de imposto de renda para contratação de funcionários. Essa é uma excelente vantagem do PAPPE/PIPE. Mas cuidado na hora de pedir as bolsas, pois é necessário comprovar que o projeto precisa daquela pessoa e daquela expertise.

E principalmente na hora de elaborar o cronograma, atente para não comer bola e alocar todos os bolsistas em atividades em todos os meses que eles estiverem recebendo bolsa. Parece óbvio, mas não é tão simples assim na prática. Quando você começar a montar o cronograma vai entender do que estamos falando.

4) Reserve um bom tempo para elaborar 

A documentação para conseguir um recurso a fundo perdido é bem extensa e sendo bem sinceros, não é nada fácil. Comece a elaborar a papelada bem antes da data limite, pois tudo leva tempo. E principalmente, reserve um dia ou dois antes da data limite para fazer o upload das informações nas plataformas para o envio dos projetos.

A SAGE é o sistema da FAPESP e é cheia de pegadinhas. Se você deixar realmente para a última hora pode ser que não consiga fazer o upload de toda documentação a tempo, e aí você pode perder o prazo e aí vai pro lixo todo o trabalho realizado (já aconteceu isso com um de nossos clientes). Sem contar que estes sistemas do Governo às vezes saem fora do ar, então já viu né?

*

Esperamos que estas dicas tenham te ajudado. Embora os programas de fundo perdido sejam dragões para serem enfrentados, existe um tesouro embaixo da montanha que vale a pena. Claro que com todos os percalços que programa traz, contar com uma consultoria experiente como a idr  pode aumentar bastante suas chances de sucesso e evitar bastante dor de cabeça. Então fica a seu critério contar com nossos escudeiros para a jornada.

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